Quartos-de-final da Champions League: Conheça as equipas

O UEFA.com traça o perfil das equipas ainda em prova na UEFA Champions League após os sorteios dos quartos-de-final e meias-finais.

Real Madrid - Chelsea (12 e 18 de Abril)

Real Madrid (ESP)

Ranking UEFA: 5
Esta época: V5 E1 D1 GM20 GS7
Grupo F: Vencedor
Oitavos-de-final: V 6-2tot Liverpool
Época passada: Vencedor (V 1-0 Liverpool)
Melhor na Taça dos Campeões: Vencedor (1955/56, 1956/57, 1957/58, 1958/59, 1959/60, 1965/66, 1997/98, 1999/2000, 2001/02, 2013/14, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2021/22)

A campanha até agora
Tem sido em grande parte um caso de sempre a abrir. O Grupo F foi competitivo. O golo que Federico Valverde marcou a abrir a contagem no jogo em casa contra o Leipzig vai ficar na memória por muito tempo, tal como a brilhante exibição na vitória por 3-0 no terreno do Celtic, depois de Karim Benzema ter saído lesionado. Mas o futebol de cinco estrelas aconteceu em Anfield. Dar dois golos de vantagem ao Liverpool e marcar depois cinco vezes em 46 minutos foi incrível e sinal de que pode continuar a ser feita mais história.

Porque pode ganhar?
Porque é para isso que o clube existe. Porque isso é "o que fazemos", como dizem todos – dos jardineiros ao presidente, passando por alguns dos jogadores de futebol mais empolgantes do mundo. Nenhum clube tem uma mistura mais explosiva de desejo, talento, "know-how" e expectativa do que o Real Madrid. Não os tomem a sério e está por sua conta e risco.

Como joga o Real Madrid?

O sistema táctico nunca varia muito – 4-3-3 é a formação que Carlo Ancelotti acredita que melhor se adapta ao seu plantel e à forma como pretende que a equipa jogue. As duas variantes táticas importantes são: usar o médio Federico Valverde como extremo direito, em vez de utilizar mais um avançado, e realocar David Alaba como lateral-esquerdo, concedendo-lhe a mesma liberdade de ataque que Marcelo tinha. Outra mudança, mas de recurso, passa por colocar Antonio Rüdiger como ponta-de-lança nos últimos minutos dos jogos, como ocorreu na visita ao Shakhtar, numa (bem-sucedida) procura do empate.

Treinador: Carlo Ancelotti
O homem que levou o Real Madrid à "La Décima" em 2014 voltou para uma segunda passagem pelo comando dos madrilenos no verão de 2021 e reescreveu os livros de História ao tornar-se no primeiro treinador a vencer a Taça dos Campeões/UEFA Champions League por quatro vezes. Também conquistou o título da Liga espanhola na temporada passada, tornando-se no primeiro treinador a vencer campeonatos em Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha.

Jogador-chave: Vinícius Júnior
Benzema, para não falar de Thibaut Courtois, continuam a ser cruciais. Mas quando um treinador com o savoir-faire, a experiência e a capacidade de Ancelotti declara que tem no seu camisola 20 "o jogador mais decisivo do mundo" não há como fugir à ideia de que Vinícius, com a sua imprevisibilidade e o seu talento, é o jogador-chave deste Real Madrid.

Sabia que?
O Real Madrid tornou-se na primeira equipa a disputar 300 jogos na UEFA Champions League na segunda mão contra o Liverpool.

Chelsea (ENG)

Ranking UEFA: 3
Esta época: V5 E1 D2 GM12 GS5
Grupo E: Vencedor
Oitavos-de-final: V 2-1 no total frente ao Dortmund
Época passada: Quartos-de-final (D 4-5 no total frente ao Real Madrid)
Melhor desempenho: Vencedor (2011/12, 2020/21)

A campanha até agora
Com exceção da primeira mão dos oitavos-de-final, onde o resultado foi decepcionante, mas o desempenho, na sua essência, foi bom, o Chelsea tem estado bem melhor Champions League do que a nível interno. A recuperação dos Blues na segunda mão contra um Dortmund que vinha de uma série de dez vitórias consecutivas, diz muito sobre a determinação do conjunto de Londres no cenário europeu – nenhuma equipa conseguiu virar tantas derrotas em partidas da primeira mão da prova como os Blues.

Porque pode ganhar?
A qualidade de todo o plantel do Chelsea é inegável; a questão sempre foi se eles conseguiriam tirar proveito colectivo de todo esse talento ofensivo, especialmente com tantas novas contratações em Janeiro. Um processo recebeu um grande impulso com a vitória sobre o Dortmund, fazendo com que os adeptos voltem a acreditar na equipa apesar das desilusões a nível interno. No seu melhor, o Chelsea pode ganhar a qualquer equipa.

Como joga o Chelsea?
O anterior técnico Potter deu seguimento às bases deixadas por Thomas Tuchel, apostando numa robusta defesa a três e numa dupla de médios-defensivos à sua frente. Potter pode ter deixando entretanto o clube, mas dada a qualidade da equipa, os Blues são um adversário sempre perigoso.

Treinador: Frank Lampard
Um médio de referência do Chelsea e treinador do clube entre 2019 e 2021, Lampard foi nomeado como técnico até ao final da temporada, a 6 de Abril.

Jogador-chave: João Félix
O craque português foi emprestado pelo Atlético de Madrid em Janeiro e é um jogador com provas dadas a este nível. Adaptou-se rapidamente ao novo ambiente e oferece talento, dinamismo e capacidade finalizadora à equipa.

Sabia que?
O Chelsea rumou às meias-finais em oito das suas 11 presenças em quartos-de-final da UEFA Champions League.

Man City - Bayern (11 e 19 e Abril)

Manchester City (ENG)

Ranking UEFA: 1
Esta época: V5 E3 D0 GM22 GS3
Grupo G: Vencedor
Oitavos-de-final: V 8-1tot vs Leipzig
Época passada: Meias-finais (D 5-6tot vs Real Madrid)
Melhor na Taça dos Campeões: Finalista vencido (2020/21)

A campanha até agora
O City não precisou de muito tempo para assegurar um lugar na fase a eliminar pela décima temporada consecutiva, mas nem tudo foi tranquilo para a equipa repleta de estrelas de Pep Guardiola. Foi necessário uma vitória espetacular golo do prodígio Erling Haaland para uma reviravolta frente ao Dortmund em setembro, antes de ter e alinhar mais de uma hora com dez jogadores num empate sem golos em Copenhaga. Depois, nos oitavos-de-final, Haaland começou por ter uma exibição discreta na primeira mão para, depois, se reencontrar com os golos de forma sensacional ao marcar cinco na segunda mão.

Porque pode ganhar?
O City tem à sua disposição um dos treinadores mais inteligentes da actualidade, uma profundidade fenomenal no plantel e um dos melhores avançados de sua geração. Não parece faltar-lhes nada para poderem erguer o troféu em Istambul, em junho. Claro que numa competição onde os pequenos detalhes são muitas vezes são decisivas não há garantias, mas a equipa de Guardiola não teme ninguém. Com a sorte ao seu lado, pode mesmo acabar por conquistar UEFA Champions League pela primeira vez.

Como joga o Manchester City?
Um 4-3-3 em teoria que se transforma em 2-3-5 quando o City tem a posse da bola – o que ocorre na maioria das vezes. Empurrando os adversários para o seu próprio meio-campo com uma linha defensiva alta, o City circula a bola com facilidade até que a pressão intensa dá frutos. Ao contrário da temporada passada, quando Guardiola utilizava frequentemente um "falso nove", os Cityzens têm agora um dos melhores goleadores da actualidade ao seu serviço para finalizar a torrente de jogo ofensivo que criam.

Treinador: Josep Guardiola
O espanhol de 51 anos é um dos treinadores mais condecorados do futebol e venceu esta competição duas vezes com o Barcelona, mas está desesperado para colocar um ponto final no jejum de 12 anos pelo terceiro título. Vencedor de três campeonatos por Barcelona e Bayern, somou o quarto troféu da Premier League pelo City em 2021/22.

Jogador-chave: Kevin De Bruyne
O médio de 31 anos ultrapassou a marca dos 300 jogos pelo City em 2021/22, altura em que conquistou o prémio de Jogador da Época da Premier League pela segunda vez. Continua a ser uma figura emblemática da equipa, contribuindo de forma constante com assistências para o implacável Haaland.

Sabia que?
Com 22 anos e 236 dias e apenas 25 jogos, Haaland é o jogador mais jovem e mais rápido a chegar aos 30 golos na Champions League.

Bayern (GER)

Ranking UEFA: 2
Esta época: V8 E0 D0 GM21 GS2
Grupo C: Vencedor
Oitavos-de-final: V 3-0 no total frente ao Paris
Última época: Quartos-de-final (D 1-2 no total frente ao Villarreal)
Melhor desempenho: Vencedor (1973/74, 1974/75, 1975/76, 2000/01, 2012/13, 2019/20)

A campanha até agora
Seis vitórias em seis na fase de grupos, seguidas por duas vitórias sobre o Paris nos oitavos-de-final. Tem sido uma campanha irrepreensível por parte dos bávaros até agora, ao longo da qual apenas uma equipa conseguiu romper a sua defesa até ao momento. Mas nem estes resultados categóricos foram suficientes para manter Julian Nagelsmann no cargo de treinador, tendo sido demitido a 24 de Março e substituído por Thomas Tuchel, campeão europeu em 2021.

Porque pode ganhar?
O Bayern saiu ileso daquele que era talvez o grupo mais difícil e, como se tal não chegasse, viu depois sair-lhe em sorte nos oitavos-de-final uma das equipas apontadas à partida como favoritas a erguer o troféu, o Paris. Um teste que o Bayern também superou com distinção. Com oito vitórias e sete jogos sem sofrer golos, a questão não é se o Bayern pode vencer, mas sim quem o pode parar.

Como joga o Bayern?
Ainda não se sabe como será o Bayern sob o comando de Tuchel, mas orientado por Nagelsmann adaptava-se tacticamente conforme o adversário, os jogadores à disposição e consoante tinha ou não a posse da bola. A ascensão de Jamal Musiala como criativo que deambula no ataque foi uma agradável surpresa, mas a força do Bayern assenta no colectivo.

Treinador: Julian Nagelsmann
Colocado no comando do Bayern entre os oitavos-de-final e os quartos-de-final, Tuchel chega numa situação semelhante à que aconteceu no Chelsea em 2020/21, entrando no clube a meio da temporada, e com os dirigentes bávaros na esperança de que termine da mesma forma, com a conquista do título europeu.

Jogador-chave: Jamal Musiala
O Bayern tem uma nova estrela. O jovem de 19 anos afirmou-se nesta temporada como um dos principais nomes da equipa de Nagelsmann, com actuações que mostram uma maturidade que vai muito para além da sua ainda tenra idade. Delicioso no drible, produz jogadas e finaliza bem. O "Mágico Musiala" faz mesmo, em alguns aspectos, lembrar Lionel Messi em jovem.

Sabia que?
O Bayern está nos quartos-de-final da Champions League pela 21ª vez, registo que constitui um recorde.

Benfica - Inter (11 e 19 de Abril)

Benfica (POR)

Ranking UEFA: 18
Esta época: V6 E2 0 GM25 GS8
Oitavos-de-final: V 7-1 no total frente ao Club Brugge
Grupo H: Vencedor
Época passada: Quartos-de-final (D 4-6 no total frente ao Liverpool)
Melhor desempenho: Vencedor (1960/61, 1961/62)

A campanha até agora
Tendo iniciado a época na terceira pré-eliminatória, o Benfica de Roger Schmidt não se deixou abater por Paris e Juventus na fase de grupos, empatando por duas vezes o campeão francês, somando duas vitórias frente aos Bianconeri e derrotando duas vezes o Maccabi Haifa para vencer o grupo. O Club Brugge foi uma surpresa na fase de grupos, mas não conseguiu oferecer muita resistência nos oitavos-de-final às Águias, que sentirão que podem estar à altura de qualquer adversário nos quartos-de-final.

Porque pode ganhar?
Chegar aos oitavos-de-final em duas épocas seguidas é uma conquista significativa para uma equipa fora das cinco grandes ligas da Europa. No entanto, se o Benfica encontrou o seu limite nos quartos-de-final na época passada, nesta temporada tem um plantel mais equilibrado e, mesmo sem o campeão mundial Enzo Fernández (que rumou ao Chelsea no Inverno) mostra-se bem afinado e muito eficaz. A pressão já é agora menor e, numa campanha em que nenhuma das grandes equipas parece invencível, esta pode ser a hora do Benfica.

Como joga o Benfica?
A equipa de Roger Schmidt é fiel ao estilo "gegenpress" alemão, mas com forte sotaque português. Alinhando em 4-2-3-1, pressiona desde a saída do adversário, com laterais ofensivos e alas que ajudam a povoar o meio-campo ao mesmo tempo que apoiam o talentoso Rafa Silva e o goleador Gonçalo Ramos. A contratação de Inverno, Gonçalo Guedes, dá mais opções ao ataque, enquanto os livres e as assistências de Alejandro Grimaldo têm sido destaque. As Águias misturam juventude e experiência na defesa, com as longas pernas de Florentino a ajudarem a eliminar as ameaças adversárias. A tudo isso junta-se a criatividade de David Neres e tem-se a receita para algo especial. 

Treinador: Roger Schmidt
Tendo feito nome no Salzburgo, o antigo médio treinou o Leverkusen no seu país natal, a Alemanha, e mais recentemente orientou o PSV Eindhoven, cuja equipa venceu a Taça dos Países Baixos em 2021/22. Aterrou em Lisboa no Verão com o objectivo de levar ao êxito um Benfica que não conquista qualquer troféu há três anos. Para já, tem feito enorme sucesso.

Jogador-chave: Rafa Silva
Um jogador especial: muitas vezes despercebido, mas sempre capaz de produzir algo do nada. Schmidt tem conseguido aproveitar ao máximo as qualidades do jogador de 29 anos, tirando partido da sua capacidade de correr com a bola e de criar pânico em qualquer defesa. Está em muitos lances de golo e também ajuda na pressão.

Sabia que?
Antes de cada jogo em casa do Benfica, o clube faz voar pelo estádio uma águia, a sua mascote (a águia Vitória), enfeitada com fitas vermelhas e brancas.

Inter (ITA)

Ranking UEFA: 10
Esta época: V4 E2 D2 GM11 GS7
Grupo C: Segundo classificado
Oitavos-de-final: V 1-0tot vs Porto
Época passada: Oitavos-de-final (D 1-2tot vs Liverpool)
Melhor na Taça dos Campeões: Vencedor (1963/64, 1964/65, 2009/10)

A campanha até agora
O Inter tem lutado pela consistência na Serie A (oito derrotas), mas sempre jogou bem na Champions League. Os Nerazzurri conseguiram qualificar-se num grupo forte que também incluía Bayern e Barcelona e chegaram agora aos quartos-de-final após afastarem uma equipa perigosa do Porto com duas exibições sólidas e dois jogos sem sofrer golos, construídas com base em algumas grandes defesas do guarda-redes André Onana.

Porque podem ganhar
Porque esta equipa do Inter parece desenhada para produzir o seu melhor nos grandes jogos. Basta ver os resultados que registados em todas as competições em 2023. Os Nerazzurri perderam frente a Empoli, Bologna e Spezia na Serie A, mas derrotaram Nápoles, Milan (duas vezes) e agora Porto. E a partir de agora até a final em Istambul, a 10 de Junho, as partidas que faltam serão apenas de dois tipos: grandes ou enormes.

Como joga o Inter?
O sistema é 3-5-2, em que os laterais são obrigados a cobrir todo flanco. Sem surpresa, Inzaghi substitui frequentemente os dois durante os jogos com boas opções de Matteo Darmian e Robin Gosen para Denzel Dumfries e Federico Dimarco. Um dos três médios é um portento a transportar jogo: Hakan Çalhanoğlu é agora o preferido a Marcelo Brozović para esta função. Os outros dois do meio-campo, Nicolò Barella e Henrikh Mkhitaryan, lideram a pressão e dão apoio aos avançado. Romelu Lukaku ainda está longe de sua melhor forma, mas os adeptos do Inter e Inzaghi esperam que ele volte em breve para formar a parceria letal "Lu-La" com Lautaro Martínez.

Treinador: Simone Inzaghi
Vencedor da Serie A e três vezes da Taça da Itália como jogador da Lazio, o técnico de 46 anos deu uma taça nacional para a equipa de Roma durante as cinco épocas no cargo. Substituiu Antonio Conte em 2021, tendo conquistado a Supertaça e a Taça de Itália no seu primeiro ano no comando da equipa.

Jogador-chave: Lautaro Martínez
Apelidado de '"O Touro", Lautaro terminou a campanha 2021/22 com 25 golos em 49 jogos em todas as competições – o seu melhor registo desde que chegou a Milão vindo do Racing Club, em 2018. Formou uma parceria prolífica com Lukaku, que regressou do Chelsea, mas não jogou muito na primeira metade da época devido a lesão.

Sabia que?
O Inter não chegava aos quartos-de-final desde 2011, a época seguinte a ter conquistado o título na competição.

Milan - Nápoles (12 e 18 de Abril)

Milan (ITA)

Ranking UEFA: 35
Esta época: V4 E2 D2 GM13 GS7
Grupo E: 2º classificado
Oitavos-de-final: V 1-0 no total frente ao Tottenham
Época passada: Fase de grupos (quarto lugar)
Melhor desempenho: Vencedor (1962/63, 1968/69, 1988/89, 1989/90, 1993/94, 2002/03, 2006/07)

A campanha até agora
O Milan não conseguiu superar o Chelsea na fase de grupos, mas garantiu confortavelmente o segundo lugar e uma vaga nos oitavos-de-final, conquistando vitórias em San Siro e fora de casa. Os Rossoneri aproveitaram depois ao máximo o factor-casa para vencerem o jogo da primeira mão contra o Tottenham, antes de mostrarem o seu valor defensivo no norte de Londres, selando o apuramento para os quartos-de-final com um nulo.

Porque pode ganhar?
O Milan é uma equipa fluída e ofensiva. Muito flexível, é capaz de se adaptar a qualquer adversário, o que significa que joga de acordo com seus próprios pontos fortes, mas também com os pontos fracos de seus oponentes. Em dia sim, os homens de Stefano Pioli constitui um duro teste para qualquer equipa que lhes surja pela frente.

Como joga o Milan?
Uma equipa flexível com uma mentalidade de ataque, o Milan tanto pode construir a partir de trás como surpreender no contra-ataque. Joga habitualmente em 4-2-3-1 ou 3-4-2-1, com laterais ofensivos, médios dinâmicos e três ou quatro atacantes. Rafael Leão e Theo Hernández combinam de forma brilhante na esquerda, enquanto defensivamente os Rossoneri têm defensores rápidos e pressionam alto de forma a terem a bola na frente.

Treinador: Stefano Pioli
O antigo defesa conquistou até os mais cépticos no Milan com sua abordagem calma e descontraída desde que assumiu o cargo, em 2019. Levou os Rossoneri à Champions League após uma ausência de sete anos em 2020/21 e ficou perto do Scudetto antes de, na época passada, levar mesmo o clube a conquistar o seu primeiro título de campeão de Itália desde 2011.

Jogador-chave: Theo Hernández
O internacional francês tornou-se num jogador de uma versatilidade impressionante: sólido a defender e forte a atacar, fazendo assistências, marcando golos e originando inúmeros lances de perigo. Pode actuar pelo flanco esquerdo ou pelo meio e incorpora na perfeição o papel de líder e capitão.

Sabia que?
O Milan terminou no último lugar do seu grupo na Champions League da última temporada, algo que não sucedia desde 2000.

Nápoles (ITA)

Ranking UEFA 20
Esta época: V6 E0 D1 GM22 GS6
Grupo A: Vencedor
Oitavos-de-final: V 5-0tot Frankfurt
Época passada: play-off da fase a eliminar da Europa League
Melhor na Taça dos Campeões: Oitavos-de-final (2011/12, 2016/17, 2019/20, 2022/23)

A campanha até agora
Um percurso quase perfeito rumo aos quartos-de-final, com o Nápoles a ficar à frente de Liverpool, Ajax e Rangers no seu grupo e a ultrapassar depois o Frankfurt sem dificuldades nos oitavos-de-final. E tudo isso com um futebol verdadeiramente entusiasmante.

Porque pode ganhar?
O treinador do Man City, Pep Guardiola, não é a única pessoa a sugerir que o Nápoles pode muito bem ser a melhor equipa da Europa nesta temporada. Com o título de campeão da Serie A cada vez mais perto, tem tempo para, nas próximas semanas, se concentrar quase a 100 por cento na sua campanha na Champions League.

Como joga o Nápoles?
O sistema básico é o 4-3-3 mas, dependendo de como Piotr Zieliński atua em campo, pode tornar-se facilmente num 4-2-3-1. Defensivamente, os dois alas recuam para ajudar na defesa e formar um 4-5-1. No entanto, nas palavras do próprio Luciano Spalletti, "o futebol deixou de ser um sistema táctico para passar a ser um jogo de aproveitamento dos espaços deixados pelos adversários". O Nápoles pode usar seus alas para partir rapidamente para o contra-ataque, procurar bater na frente à procura de Victor Osimhen ou ligar o jogo pelo meio campo, com Giacomo Raspadori e os médios. Em suma, pode fazer tudo de várias maneiras.

Treinador: Luciano Spalletti
Médio esforçado nos tempos de jogador e antigo técnico de Inter e Roma, Spalletti substituiu Gennaro Gattuso no comando do Nápoles em Maio de 2021, após dois anos fora dos bancos. Venceu dez dos seus primeiros 11 jogos na Serie A pelo clube napolitano, liderando a prova até finais de Fevereiro, mas acabou por terminou no terceiro lugar. Porém, nesta temporada de 2022/23 parece não haver já forma de perder a liderança.

Jogador-chave: Khvicha Kvaratskhelia
Alguém se consegue lembrar de uma nova contratação com tão grande impacto na Serie A (ou até na Champions League) como aquele que teve este extremo georgiano? Leva 13 golos – alguns deles no seguimento de fantásticos lances individuais – e 15 assistências no conjunto de todas as competições e é o jogador de maior destaque deste Nápoles, com os seus dribles pela esquerda, os seus remates, os seus passes e os seus cruzamentos teleguiados.

Sabia que?
O Nápoles marcou 17 golos nos primeiros quatro jogos da fase de grupos, batendo o seu recorde anterior numa única edição (fase de grupos até à final) – tinha conseguido 14 em oito jogos em 2011/12. A equipa de Spalletti terminou a fase de grupos com 20 remates certeiros e acrescentou mais cinco nos oitavos-de-final.